Novas formas sustentáveis de viver têm ganhado cada vez mais força mundialmente. A preocupação com os recursos finitos do meio ambiente aumenta conforme eles vão acabando. Assim, a energia solar fotovoltaica é uma alternativa em meio ao caos: a força elétrica que é produzida a partir da luz solar – mesmo em dias nublados ou chuvosos – tem usos muito interessantes, que podem ser desfrutados de diferentes formas.
Cinesolar
Cinesolar é o projeto que viaja o Brasil com uma van equipada, repleta de placas solares, para exibição gratuita de filmes nacionais à população. Iniciado em 2013, 730 sessões já foram exibidas até o momento. Uma bateria é usada para armazenar a energia que foi gerada ao longo do dia – uma vez que as sessões acontecem durante a noite. Além da exibição de filmes, a equipe promove outras atividades sustentáveis por onde passa, como o eco-grafite, o dj-eco e o plantio de uma árvore ao final de cada sessão. Monitores no interior da van mostram a quantidade de energia produzida pelo painel solar e animações que explicam o funcionamento da energia solar.
Árvores Solares
Na última edição do Rock in Rio, em setembro de 2017, as árvores solares foram usadas como fonte de recarga de bateria para os celulares do público. As OPTree, tem o formato que lembra uma palmeira, e cada uma de suas folhas tem células fotovoltaicas, que captam a luz e a convertem em energia. Na base da estrutura, ficava um banco circular, para garantir o conforto do público. Ao todo, cinco árvores foram instaladas na cidade do rock, e a energia limpa gerada por elas ainda garantiu a iluminação do festival e o abastecimento de roteadores de Wi-fi e câmeras de segurança.
Usina Solar Flutuante
Desde 2014, em Rosana, no interior de São Paulo, um conjunto de placas solares foram instaladas na superfície das águas de uma usina hidrelétrica. Essa é a primeira usina solar flutuante instalada no Brasil, e fica sobre as águas da represa hidrelétrica do Porto Primavera. Dois conjuntos de painéis estão dispostos – um com módulos rígidos e outro com módulos flexíveis –, cada um gerando até 25QW de energia. Esse formato de usina é muito usado em países desenvolvidos, que não têm terras para implantar usinas solares. A principal vantagem é a melhor eficiência das placas, que se resfriam rapidamente devido à proximidade com a água.
Competição de Barcos movidos à energia solar
O Desafio Solar Brasil é uma competição que estimula o desenvolvimento de novas tecnologias, de fontes de energia limpa e renovável, como combustível para mobilidade. Inspirados pela competição holandesa Frisian Solar Challenge, uma equipe de Polo Náutico da UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro, começou em 2006 a construção do primeiro barco elétrico movido a energia solar no Brasil. Dois anos depois, competiram na Holanda e voltaram ao país motivados a ter essa modalidade competitiva aqui. Neste ano, o desafio aconteceu entre 12 e 16 de setembro, contou com 400 estudantes e 20 professores de diversos estados brasileiros, divididos em 16 equipes e 18 embarcações – todas equipadas com placas solares e baterias.
Estádios com Energia Solar
No Brasil, cinco estádios de futebol já adotaram o método de geração de energia limpa. Vastos conjuntos de placas solares foram instalados no Maracanã, no Rio de Janeiro; no Mineirão, em Belo Horizonte; na Arena Pernambuco, em Recife, e em Pituaçu e Arena Fonte Nova, ambas em Salvador. A maioria dos sistemas foi instalado durante as reformas feitas para a Copa do Mundo do Brasil, em 2014. O que possui o maior sistema solar é o Mineirão, com 6 mil placas capazes de gerar 1,42 megawatts. O excedente de energia vai para a rede da distribuidora, que neste caso é a CEMIG.