Coral Mulheres na Cor realiza formatura de sua segunda turma

Programa vivo de sustentabilidade foi criado para capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade como pintoras profissionais

Por Redação
23 out 2023, 20h00

Segunda turma de formandas do programa Coral Mulheres na Cor (Divulgação/CASACOR)

Foi da necessidade de inclusão e empoderamento feminino no mercado de trabalho e, principalmente, nas comunidades que surgiu o Coral Mulheres na Cor, projeto idealizado pela AkzoNobel que reúne empresas com o objetivo comum de transformar histórias femininas por meio da profissionalização.

Programa vivo de sustentabilidade foi criado para capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade como pintoras profissionais. Depois de formar 14 mulheres em 2022, agora volta com a 2ª turma do programa.

Mulheres na Cor - Coral — Mulheres na Cor. (Divulgação/CASACOR)

“A palavra que define meu momento atual, desde que iniciei o curso, é transformação. Esse projeto tem mudado minha vida em todos os sentidos”. O relato é de Luciana Pereira da Silva, 44 anos, uma das 15 formandas da segunda turma do Coral Mulheres na Cor, programa de treinamento de mulheres em situação de vulnerabilidade para capacitá-las como pintoras decorativas profissionais. Idealizado pela AkzoNobel, por meio de sua marca de tintas Coral, e reunindo diversas empresas nessa jornada, a iniciativa realizou, no dia 16 de outubro, a formatura das participantes, que marca a conclusão do curso e o início de novas possibilidades para elas.

Além da formatura na arena da Casa AkzoNobel, sede administrativa da multinacional em São Paulo, as participantes também celebraram a conclusão do curso em um mutirão de pintura realizado dia 30 de setembro no bairro em que moram, o Rio Bonito, na Zona Sul paulista. Promovida pelo Movimento Tudo de Cor – iniciativa sociocultural sustentável da Tintas Coral, que acredita no poder da cor e busca levar transformação e cidadania para milhares de pessoas, seja em comunidades ou espaços urbanos em todo o Brasil, a ação reuniu as formandas e dezenas de voluntários das empresas parceiras do projeto. O local escolhido pelas participantes foi a própria ONG parceira do Coral Mulheres na Cor, a Aldeias Infantis SOS Rio Bonito. A entidade atende a pessoas da comunidade Grajaú e proximidades – uma área muito vulnerável, de acordo com o Mapa da Desigualdade de São Paulo 2022. Na ocasião, foram utilizados mais de 500 litros de tintas para pintar muros externos, sala de música, bancos, portas e mesas.

Segunda turma de formandas do programa Coral Mulheres na Cor (Divulgação/CASACOR)

Por mais representatividade

No segmento de pintura, a participação feminina, assim como em outros setores, também é sub-representada. De acordo com pesquisa realizada pela Abrapp, Associação Brasileira de Pintores Profissionais, as mulheres são menos de 10% dos membros da entidade. Para ajudar a mudar essa realidade é que a AkzoNobel, por meio da sua marca Coral, buscou empresas que compartilham de seu propósito de ser agente de inclusão e transformação social por meio da sustentabilidade. O SENAI-SP, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, é o parceiro de ensino do Coral Mulheres na Cor. Os parceiros financeiros são CASACOR, Dow e Arxada, além da AkzoNobel. Os parceiros de ferramentas são Condor e Vonder; e os de empregabilidade, Atala Engenharia e Abrapp (Associação Brasileira dos Pintores Profissionais). A Organização Aldeias Infantis SOS é a parceira para relacionamento com as participantes.

“A pintura como ofício pode, sim, contribuir para melhorar a condição de mulheres em situação de vulnerabilidade, dando-lhes uma nova profissão, mas também levando autoestima e dignidade para todas elas. A troca de experiência e de conhecimentos nesse programa é muito maior do que uma simples capacitação profissional. Esperamos que elas consigam ser elementos transformadores em sua comunidade, estimulando outras mulheres a enxergarem novas oportunidades”, afirma Elaine Poço, diretora de Pesquisa & Desenvolvimento e Sustentabilidade da AkzoNobel para a América Latina. Essa é uma iniciativa social com foco em capacitação, mas também é nossa contribuição pela equidade de gênero e representatividade feminina no setor da construção civil e pintura profissional”, conclui.

Kelly Barbosa, 42 anos, participante dessa segunda turma do projeto, conta que está muito feliz com essa oportunidade. “O Coral Mulheres na Cor tem ajudado no meu desenvolvimento como mãe, como mulher e como profissional. Esse programa vai me dar possibilidade de recolocação no mercado de trabalho de maneira profissional, para que eu possa dar mais qualidade de vida para meus filhos e para minha família”, comenta a moradora do Rio Bonito.

O projeto

Durante quinze semanas, as mulheres selecionadas para o Coral Mulheres na Cor tiveram acesso a conhecimentos 360º sobre pintura, totalizando mais de 220 horas. Além do Curso de Formação de Pintor de Obra, no SENAI Tatuapé, o projeto agregou palestras, rodas de conversa, mentorias e especializações promovidas pelas empresas parceiras. Outras 16 horas foram dedicadas ao desenvolvimento das chamadas ‘soft skills’, importantes para a inserção no mercado de trabalho, e seminários para construírem a sua visão de futuro. Foram cerca de 20 horas de treinamento na Academia Coral, aprendendo sobre cores e tendências, equipamentos e produtos, aplicação de efeitos e tecnologias. Ao longo desse período, as aprendizes contaram com o suporte da madrinha Valéria Cristina de Oliveira (conhecida como “Lela OL”).

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No decorrer do curso, as participantes receberam bolsa-auxílio, transporte, alimentação, uniforme e EPIs custeados pelas companhias apoiadoras. Além disso, todas as formandas ganharam um kit de ferramentas manuais e elétricas, especialmente significativo para as que decidirem seguir a jornada profissional como autônomas, com suporte para criar seus perfis e se juntarem à chamada Páginas Coloridas, plataforma digital que conecta consumidores que estão na jornada de pintura a profissionais de qualidade e confiança indicados pela Coral.

Prontas para o mercado

Formadas, as mulheres terão oportunidade de realizar entrevistas junto aos parceiros de empregabilidade para uma possível colocação no mercado, em empresas de construção civil, reformas ou pintura. Da primeira turma, que contou com 14 formandas, 12 seguem atuando no mercado como pintoras profissionais.