17 ambientes da CASACOR SP podem ser visitados gratuitamente
Ao longo do percurso da CASACOR São Paulo 2024, existem 17 ambientes com acesso gratuito para quem deseja conhecer um pouco da mostra
Na CASACOR São Paulo 2024, 12 ambientes estão abertos para visitação gratuita no Conjunto Nacional, localizado na Av. Paulista, 2073. Os seis primeiros e os sete últimos espaços da mostra podem ser visitados sem a necessidade da compra de ingresso, além dos bares e restaurantes que podem ser acessados mediante reserva no aplicativo da CASACOR (clique aqui para baixar).
A seguir, conheça os ambientes da CASACOR São Paulo com acesso gratuito:
1. Vista Xingu
Ao homenagear o Rio Xingu, que nasce no Centro-Oeste e corta a Amazônia, a paisagista Mônica Costa busca promover o diálogo sobre o uso consciente dos recursos naturais em seu jardim de 265 m². “Ele induz à desconexão do entorno urbano. Veio daí a vontade de ocupá-lo com plantas e madeira carbonizada, empregada nas divisórias e nas jardineiras”, revela.
Em alusão ao comércio legal, a disposição das ripas na lateral insinua um código de barras. O deck de cumaru e o banco esculpido de um tronco caído exemplificam maneiras sustentáveis de usar a matéria-prima.
2. Ambiente Solos
Localizado na entrada da mostra, o ambiente da arquiteta Daniela Funari representa a integração entre o litoral e o interior do Brasil. O tom de areia das praias colore o trecho mais claro e faz contraste com o bordô da terra, que escurece conforme se afasta do oceano.
Ao longo dos 115 m², bilheteria, chapelaria e um lounge de contemplação exibem uma seleção de mobiliário nacional produzido com madeiras e pedras nobres, como as telas de Annike Limborço. Outro destaque do ambiente é o tapete “Coragem”, de autoria de Rapha Preto, que reutiliza fibras de carpetes antigos e redes de pesca recolhidas do mar.
3. Lounge Bar Happiness Alfa Realty
Ao longo dos 85 m² do lounge projetado pela arquiteta Carla Felippi, é possível viver uma experiência sensorial que se alterna entre a calma e a excitação. A iluminação desempenha um papel de peso: atrás do muxarabi, um grande painel de tela tensionada replica o efeito da luz natural, enquanto outros muitos cenários luminosos — incluindo um trecho estroboscópico — completam o efeito criado no ambiente.
Os espelhos dispostos nos pilares, que foram revestidos de um MDF ripado capaz de acompanhar sua curvatura, servem, na visão da arquiteta, como um convite para olhar para trás.
4. Refúgio Ancestral
Nesta edição, o Bar Caracol, ambiente de 152 m² projetado por Gabriela Prado, recebeu o nome de Refúgio Ancestral. Ao mesmo tempo em que busca resgatar a ancestralidade, a intervenção no teto, que lembra um vitral, ganha modernidade quando a fita de led que transpassa sua estrutura se acende e ilumina o espaço.
Ali, o Bar Caracol opera sobre um piso misto de cerâmica e porcelanato, com desenho orgânico em tons de cinza e de azul. Duas paredes ripadas curvas dão movimento ao espaço, marcado por móveis de linhas retas — com exceção do sofá oval da entrada, que leva a assinatura do designer egípcio Karim Rashid, um dos lançamento exclusivo presentes CASACOR São Paulo 2024.
5. Ilhas de Reflexão
Circulação fluida e iluminação bem pensada são dois chamarizes do banheiro funcional de 48 m², obra das arquitetas Débora Pinheiro e Renata Nascimento. A cabine central disposta como ilha, realçada por meio de fontes de luz direcionadas do alto, carrega o conceito de introspecção e guarda uma inteligência projetual ao abrigar discretamente o ponto do hidrante. Além disso, a biofilia também marca presença por meio do uso das chapas de pedra que dão forma à bancada e das plantas que a povoam.
6. Reflexos Banco BRB
Nos 130 m² do lounge do Banco BRB, projetado por José Navarro, materiais refletivos meticulosamente posicionados induzem a pensar na fugacidade das coisas. “Focamos nossa curadoria na valorização do tempo e das memórias afetivas”, fala o arquiteto, que desenhou todo o mobiliário.
Em um bom exemplo de reaproveitamento, a poltrona com estofamento azul ganhou encosto encontrado entre os descartes da fábrica que produziu o sofá. O arquiteto revela ainda um recurso invisível de climatização: instalado em um piso elevado reutilizado, o espelho d’água funciona como um sistema passivo de refrigeração do ar.
7. Praça Tekohá
Em guarani, “tekohá” significa o lugar onde somos o que somos: terra, floresta, campos, cursos d’água e plantas, enfim, o território onde o modo de vida indígena se desenvolve. A partir dessa noção, emerge a praça de 129 m², que conta também com hall de entrada e um grande living.
A ponte com a natureza se dá por meio do mobiliário feito de árvores caídas, do lustre confeccionado de um galho, do muxarabi de madeira e, claro, do painel fotográfico O Tronco, de Marcelo Menezes. Há também exemplares de bancos esculpidos por Kulikyrda Mehinaku, que representam os animais nativos do Território Indígena do Xingu.
8. Espaço Brennand
Diversas religiões e crenças sugerem que o ser humano nasceu do barro, e o sopro divino no punhado de terra úmida produziu também arte, cultura e amor. Com a terra molhada, carregada dessa simbologia, se faz a argila: ingrediente básico da cerâmica. O material marca toda a vida e carreira de Francisco Brennand, fundador da oficina batizada com seu sobrenome, que comparece à mostra com a loja de 48 m².
No centro do ambiente proposto por Renata Patelli e seus sócios, Victor Linhares e Ivan Farha, o forno representa o processo de queima das peças e remete ao calor do ninho. Afinal, o ovo é um elemento recorrente na obra do artista pernambucano.
9. Ceiba Camba
A diversidade cultural e natural da Bolívia irrompe na ótica de 54 m² montada por Eduardo Baldelomar para a Gustavo Eyewear, que toma uma árvore emblemática de sua flora como ponto de partida. A paleta veste as cores da Ceiba camba, espécie de paineira, e tinge de rosa e amarelo o mobiliário.
O mosaico, executado em cerâmica pelo artista Andrés Fenix, conterrâneo do arquiteto, aparece em dois painéis. Ao fim do evento, eles serão doados para uma ONG que trabalha pela preservação da biodiversidade do país andino.
10. Sertões do Saber
Influenciada pelo clássico da literatura brasileira Os Sertões, de Euclides da Cunha, a livraria Unisaber, de 68 m², invoca a história do cangaço para refletir sobre a passagem do tempo. Assim, ganham protagonismo elementos das construções nordestinas, que espelham as condições climáticas regionais e utilizam matérias-primas como barro, fibras e madeiras.
A palha reveste a parte inferior e as colunas das estantes, que expõem publicações dos mais diversos gêneros; a poltrona de couro caramelo alude à vestimenta sertaneja; e o sofá curvo off-white confere aconchego, além de contribuir para o cenário com uma dose de modernidade.
11. A Resposta
Unir o encanto do artesanal com a contemporaneidade é a proposta dos arquitetos Lucas Blaia e Bruno Moura para a loja da Feira na Rosenbaum. Respeitando a arquitetura modernista do Conjunto Nacional, o espaço de 55 m² se fundamenta em obras artísticas de crochê confeccionadas com linhas que seriam descartadas, além de uma instalação maior feita de palha.
Já a paleta de cores em tons de terracota, sugestionada pelo bioma Amazônia, é complementada pela madeira e pelo piso composto de sobras de cacos de mármore.
12. Casaviva
Em 109 m², madeira de reflorestamento, vasos e lustres de barro, além de tapetes de sisal e de couro reciclado, compõem um ambiente aconchegante. O uso de materiais naturais na vida cotidiana remonta aos primórdios da civilização: terra, fibras, pedra e madeira.
A partir desses elementos tradicionais e da interconexão entre pessoas e natureza, o Trees Arquitetura projetou esta casa, que funcionará, durante o evento, como o escritório da plataforma de entretenimento Aviva.
13. Conexão by Minimal Design
Cinco arquitetas respondem por este coworking de 143 m²: Isabella Leonetti, Mariana Paquier, Alessandra Ruiz, Pierina Piemonte e Carolina Correia. Por isso, o poder do feminino como elemento da linguagem do ambiente foi um caminho natural.
“Assim como o útero abriga e nutre a vida, nosso espaço é um santuário do afeto, um ventre acolhedor que celebra a energia da mulher e a força da criação”, explicam. Para orquestrar esse senso de pertencimento, o escritório empregou formas curvas e orgânicas, cores quentes e neutras e um mural com arte urbana. O mobiliário é da Minimal Design.
14. Ristorantino Caffè
Impossível entrar no salão do Ristorantino e não olhar para cima: projetado com técnicas paramétricas e inteligência artificial, o imponente forro de MDF que sobrevoa os 339 m² como uma nuvem gigantesca é o que primeiro captura a atenção – provavelmente seguido das bancadas e tampos de quartzito blue deep. O clima futurista com toques de maximalismo idealizado pelo escritório Guardini Stancati é regado a abundante luz natural e princípios biofílicos.
15. Café Isabela Akkari
Que ancestrais queremos ser? Com esse questionamento em mente, as arquitetas do Studio HA elaboraram uma proposta que valoriza o belo e oferece um sentimento de esperança por meio de tons de rosa acolhedores, formatos fluidos, forro de tecido e cenários que estimulam a proximidade com o outro.
“Gostaríamos de ser lembradas como pessoas que geraram olhares maravilhados, que propagaram verdade e beleza, que aqueceram corações”, sintetiza a dupla. Comandado pela chef Isabela Akkari, o café de 215 m² possui cinco setores: cozinha, sala privada, salão com mesas, área de serviços e atendimento. Para conhecer o café, é necessária a realização de reserva.
16. Colmeia com Mel
O profissional enaltece o importante trabalho ecológico das abelhas no planeta em sua versão do restaurante Badebec, como inspiração para uma existência humana mais sustentável. No ambiente de 346 m², o design de diversos elementos alude ao universo das colmeias, caso do mobiliário assinado pelo escritório (bufê e estante), além da tapeçaria de Geraldo Caraca, urdida com resíduos da indústria têxtil, e das esculturas produzidas por Rapha Preto a partir de sobras de aço.
17. Bardega
O foco do Bardega, bar de 230 m², recai sobre o vinho. Daí a associação entre sua arquitetura e a de adegas tradicionais por meio de paredes de pedra, teto de madeira certificada e estruturas de serralheria.
Os arquitetos Andresa Frutuoso de Souza, Rudolf Andreas Riederer, Stephanie Lavos e Felipe Alves de Oliveira abordam a conexão com a natureza do ponto de vista enológico, sob o qual a bebida se torna uma informação cultural e social ao reunir as pessoas em momentos de convívio e celebração. No paisagismo, que conecta o interior ao exterior, o coletivo optou por plantas nativas e iluminação intimista. Para conhecer o bar, é necessária a realização de reserva pelo aplicativo da CASACOR.
SERVIÇO – CASACOR São Paulo 2024
Onde: Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, 2073 – São Paulo (SP)
Quando: de 21 de maio a 28 de julho de 2024
Horário bilheteria:
Terça a sábado, das 12h às 20h
Domingos e feriados, das 11h às 19h
Horário de funcionamento:
Terça a sábado, das 12h às 22h
Domingos e feriados, das 11h às 21h
Bilheteria digital:
https://appcasacor.com.br/en/events/sao-paulo-2024
Valores dos ingressos:
R$ 111 – Inteira
R$ 56 – Meia-entrada
Compra de ingresso de meia-entrada: idoso a partir de 60 anos, estudante apresentando o documento válido com foto ou recibo de pagamento. Deficiente e seu acompanhante (conforme lei 12.933/13). A comprovação de meia-entrada será exigida na porta.