MDW 2024: Hermès chama atenção para as raízes artesanais da marca

A grife francesa projetou uma instalação em uma superfície estampada composta por mais de 20 materiais orgânicos diferentes

Por Redação
20 abr 2024, 15h00

Hermès na Milan Design Week 2024 — Tijolos e terracota estão entre os materiais utilizados na instalação da Hermès (Divulgação/CASACOR)

Para a Milan Design Week 2024, a grife francesa Hermès projetou uma instalação que usa tijolos recuperados, ardósia, mármore e terracota para chamar a atenção para as raízes artesanais da marca.

Espalhados pelo chão do local La Pelota, em Milão, os diretores artísticos da Hermès, Charlotte Macaux Perelman e Alexis Fabry, criaram uma superfície estampada composta por mais de vinte materiais orgânicos diferentes.

Os materiais, que incluem pedra, argila, terra, solo e rochas vulcânicas, foram divididos por uma trilha e montados em padrões inspirados em uma blusa de seda de jóquei do arquivo da casa.

Após a semana de projeto de Milão, a instalação será desmontada com os materiais enviados de volta aos fornecedores locais para serem reutilizados e reciclados.

Ao converter materiais orgânicos existentes em uma superfície decorativa, os designers quiseram fazer referência ao processo de transformação das matérias-primas com as quais a Hermès trabalha, como couro cru e caxemira.

Um caminho disposto em toda a superfície permite que os visitantes vejam os diferentes materiais de perto, antes de ir atrás de uma tela para ver uma coleção de produtos domésticos da Hermès.

Aqui, peças recém-lançadas são justapostas com produtos existentes do arquivo da casa. As peças mais antigas foram escolhidas por causa de sua conexão com os novos designs, e foram escondidas para permitir que os visitantes experimentassem “a ideia de lentidão”.

“A intenção era mostrar a conexão com a terra, com o solo e a conexão com o legado da Hermès”, explicou Charlotte Macaux Perelman.

Continua após a publicidade

“No projeto, também tentamos passar a ideia de lentidão, do caminho para chegar lá, como uma viagem – não para mostrar os objetos, portanto, na primeira parte da cinematografia, mas para permitir a passagem do caminho para chegar lá para dar às pessoas tempo para descobrir esses objetos”, completa.