Uma releitura da tradicional cozinha do interior mineiro na CASACOR MG

Armários abertos, o vermelho do cimento queimado e até uma jaboticabeira trazem o clima dos antigos armazéns do estado

Por Redação
Atualizado em 17 fev 2020, 16h31 - Publicado em 13 set 2019, 16h39

Os elementos da tradicional cozinha mineira estão todos lá: o fogão à lenha, os armários abertos de armazém do interior, o tijolo rústico, as frutas e legumes à mostra. A proposta por trás da Cozinha Leroy Merlin, entretanto, faz toda a diferença: mesmo sem abrir mão do rústico, o projeto do arquiteto Felipe Soares para a CASACOR Minas Gerais 2019 apresenta uma estética mais limpa, quase minimalista.

Sob o olhar do arquiteto, o relevante ambiente na cultura mineira é renovado. Com um clima contemporâneo, a cozinha recebe uma ilha central em T, em que são abrigados o fogão à lenha, a cuba e a mesa. O vermelho do cimento queimado comum às cozinhas do interior reaparece em um tom mais fechado, presente no epóxi revestido em resina da estrutura.

Em linhas bem simples, feito em pinus, o armário segue a mesma filosofia de praticidade: abriga fruteira, pratos, copos e panelas ao alcance das mãos, descobertos. A mistura o transforma em objeto versátil, também em homenagem aos antigos armazéns do estado.

O ladrilho hidráulico branco reforça o aspecto clean da cozinha, que conta com outros elementos comuns ao interior de Minas, como a jaboticabeira, que aparece plantada em vaso.

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As obras de arte escolhidas para o projeto são interferências sutis que reforçam o sotaque do estado, como nos trabalhos de Mabe Bethônico e Flávia Bertinato.