Rodolfo Consoli abre as portas do novo lar em Copacabana
Marcado por tons rosados e iluminação natural, apartamento beira-mar do arquiteto Rodolfo Consoli segue um estilo contemporâneo e afetivo
O confinamento durante a pandemia e a decisão de partir para carreira solo com o escritório em casa fez o arquiteto Rodolfo Consoli ir atrás de um lar mais agradável e confortável no Rio de Janeiro. Até que ele encontrou este apartamento de 42 m2 com vista para a Praia de Copacabana e varanda na altura das copas das árvores. “É menor do que eu queria, mas a sensação de não estar confinado foi o que mais pesou na decisão”, conta Rodolfo.
Com o novo contrato de locação assinado, o arquiteto instalou drywall na cozinha para ocultar a porta de serviço. Além disso, rebaixou o teto do banheiro e cozinha para sobrepor a nova iluminação e esconder algumas vigas. A sala e o quarto já eram integrados, com um portal entre eles. “No início, pensei em separar esses dois cômodos com portas de correr, mas depois decidi manter tudo aberto por ser mais funcional no dia a dia”, informa o arquiteto.
Quando Rodolfo alugou o apartamento, as paredes e o teto já estavam pintados de branco e bege e ele decidiu manter. As demarcações dos portais e o roda-teto originais do imóvel também foram preservados, pois, além de charmosos, remetem ao ano de construção do prédio. Toda a marcenaria desenhada pelo próprio arquiteto recebeu acabamento em madeira clara — no padrão Carvalho Malva, da Duratex —, para que objetos, quadros, roupa de cama e tapete coloridos fossem inseridos sem pesar visualmente nos espaços.
Na decoração, que segue o estilo contemporâneo “afetivo”, todos os itens foram adquiridos aos poucos desde que se mudou, há cerca de dois anos, com exceção da cama e da televisão: “Busquei peças de design nacional e internacional visualmente leves. Também garimpei muita coisa em leilões e antiquários. O sofá do Sergio Rodrigues, por exemplo, estava em péssimo estado. Restaurei a madeira e a espuma e estofei em couro. Do mesmo designer, o banquinho Marcos, em jacarandá, também foi totalmente renovado. As cadeiras Girafa, da Lina Bo Bardi, sempre foram meu xodó e, por serem pequenas, ficaram perfeitas na sala. A base da mesa de jantar foi desenhada por mim e executava em folha de carvalho natural, com tampo de mármore calacata ouro italiano”, detalha o arquiteto.
Outro destaque no projeto é o aparador aéreo desenhado pelo próprio arquiteto, fixado embaixo da televisão, com tampo em nicho para acomodar máquina de café expresso, um bar e uma pequena coleção de taças antigas.
“O tapete com listras em tons rosados conversa bem com o rosa e o bege que escolhi para ser a base da casa, presente, inclusive na roupa de cama em linho”, diz Rodolfo.
Segundo o arquiteto, as paredes e o teto do banheiro foram pintados com tinta azul para fazer alusão ao mar, que pode ser observado da varanda. O piso em taco de peroba-do-campo é original do apartamento e já tinha sido restaurado quando o arquiteto recebeu as chaves. “Por ser um apartamento na praia, com muita luz natural, seria um crime escolher tons escuros”, diz ele.