Continua após publicidade

Nova exposição no MuBE discute exploração da floresta Amazônica

Com expografia de Marcelo Rosenbaum, mostra 'Mupotyra: arqueologia amazônica' une arte indígena e pesquisa arqueológica para debater ocupação da região

Por Maria Fernanda Barros
1 nov 2024, 15h00

Mupotyra significa florescer em Nheengatu, língua geral amazônica. A palavra também foi escolhida para nomear a nova exposição do Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, o MuBE, que está aberta para visitação até março de 2025. A partir da arte indígena e de estudos arqueológicos e ambientais, a mostra propõe uma reflexão sobre a ocupação da região e os impactos da exploração excessiva dos recursos naturais em prol do desenvolvimento.

Exposição exibe parte importante de uma das principais coleções de arqueologia e etnologia da Amazônia do mundo, o acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP
Exposição exibe parte importante de uma das principais coleções de arqueologia e etnologia da Amazônia do mundo, o acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (Divulgação/MuBE/CASACOR)

“Como Museu de Ecologia, acreditamos ser papel do MuBE trazer para o público discussões sobre a questão ambiental, e a Amazônia está no centro desta pauta. Esta exposição é também uma forma de contribuição do MuBE à preparação para a COP de 2025, em Belém”, afirma a Presidente do MuBE, Flavia Velloso.

Fruto de uma parceria com o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), da USP, a mostra apresenta uma das principais coleções arqueológicas e etnológicas da Amazônia, com diversos artefatos que mostram o conhecimento dos povos indígenas no Brasil sobre a região. Acessórios como coroas, cocares, cestas, vestimentas e peças de cerâmicas são alguns deles, que evidenciam práticas milenares dos povos originários, responsáveis por preservar a biodiversidade da região.

Continua após a publicidade
Exposição 'Mupotyra: arqueologia amazônica' no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia
Exposição ‘Mupotyra: arqueologia amazônica’ no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (Divulgação/MuBE/CASACOR)

A expografia de Marcelo Rosenbaum e obras contemporâneas de artistas indígenas que dialogam com o acervo também são destaque na exibição. Denilson Baniwa, integrante do elenco da CASACOR São Paulo 2024, é um dos expositores, junto com Lilly Baniwa, Yaka Huni Kui, Uýra, Thiago Guarani, Tainá Marajoara, Rita Huni Kuin, Pedro David, Keyla Palikur, Jaider Esbell, Gustavo Caboco, Gê Viana, Frederico Filippi, Elisa Bracher, Cassio Vasconcellos, Maurício de Paiva e o Coletivo Artistas Pelo Clima.

Com curadoria de Carla Gibertoni, Naine Terena, Eduardo Góes Neves, Ricardo Cardim e Guilherme Wisnik, a exposição destaca a função relevante das pesquisas arqueológicas, especialmente para a compreensão do papel dos povos indígenas no manejo dos territórios e na preservação da diversidade ambiental.

Continua após a publicidade
Exposição 'Mupotyra: arqueologia amazônica' no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia
Exposição ‘Mupotyra: arqueologia amazônica’ no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (Divulgação/MuBE/CASACOR)

A entrada é gratuita, e a programação do museu conta também com programas educativos, visitas guiadas à mostra e atividades especiais nos ateliês abertos aos finais de semana. 

SERVIÇO

Exposição “Mupotyra: arqueologia amazônica”

Exibição: de 26/10/24 até 09/03/2025

Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE)

Continua após a publicidade

Rua Alemanha 221, Jardim Europa, São Paulo-SP (terça a domingo).

Av. Europa 218, Jardim Europa, São Paulo-SP (quarta a domingo)

Horário de funcionamento: 11h às 18h. Última entrada às 17h30

Continua após a publicidade

Entrada gratuita

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade