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Um tour pelo Mercado Central de BH: 8 lugares para conhecer

Dentre os mais de 400 estabelecimentos do ponto turístico mais cobiçado da capital mineira, aqui estão os que você não pode deixar de visitar

Por Maria Fernanda Barros
21 Maio 2024, 15h05

Há mais de nove décadas, um espaço que ocupa três ruas e uma avenida do centro de Belo Horizonte (BH) foi construído pela prefeitura para impulsionar o comércio da cidade. Existente desde 1929, esse lugar é o Mercado Central — como escrito na fachada da entrada principal, na Avenida Augusto de Lima —, que recebe mais de 1,2 milhões de visitantes por mês e já foi consagrado como o terceiro melhor mercado do mundo.

Um tour pelo Mercado Central de BH: 8 lugares para conhecer
(Expedia/Divulgação/CASACOR)

Nas calçadas ao redor do mercado, passam pessoas por todo o lado. Essa densidade é ainda maior nos mais de 400 estabelecimentos presentes no local, que apresentam uma variedade imensa de finalidades — e, assim, mostram que o projeto do órgão municipal da cidade foi muito bem sucedido. 

Um tour pelo Mercado Central de BH: 8 lugares para conhecer
(Expedia/Divulgação/CASACOR)

Ao adentrar nesse gigantesco mar gastronômico, cultural e turístico que é o Mercado Central de Belo Horizonte, é comum se perder na numerosidade de elementos ou não saber quais os lugares que merecem ser priorizados diante de tantas oportunidades de experiências. A seguir, confira o tour feito pela repórter mineira do editorial de CASACOR — que aqui vos fala — passando por 8 indispensáveis lugares para conhecer em uma visita ao ponto turístico mais cobiçado da capital!

1. Comercial Sabiá

Em qualquer canto de BH, é possível comer um bom e tradicional pão de queijo. No Comercial Sabiá, porém, você encontra um dos exemplares de pão de queijo mais requisitados da cidade: o pão de queijo recheado. Pode ser recheado com queijo e pernil, com queijo e goiabada, ou queijo e doce de leite e queijo. 

Um tour pelo Mercado Central de BH: 8 lugares para conhecer
(Maria Fernanda Barros/CASACOR)

Lá é à moda antiga e sem cerimônia. Os pães de queijo são assados na hora e chegam quentinhos até o prato dos clientes, que costumam comer em cima da bancada. Ah, e o pagamento? Apenas em dinheiro!

Um tour pelo Mercado Central de BH: 8 lugares para conhecer
(Maria Fernanda Barros/CASACOR)

2. Fazenda Mineira

Para mergulhar na perdição que são os doces mineiros, a Fazenda Mineira é o lugar certo. A vitrine apresenta baldes enormes com várias opções cremosas de doces típicos do estado, como o clássico Romeu e Julieta e vários tipos diferentes de doce de leite

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Vitrine da Fazenda Mineira.
(Maria Fernanda Barros/CASACOR)

O cliente pode escolher a quantidade que for e comprar com base no quilo, mas para os que desejam apenas degustar, há opções menores: a fatia de doce de leite com queijo canastra por R$ 9, o Romeu e Julieta por R$ 9, ou copinho com o doce da sua preferência por R$3,50. 

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Goiabada com cocada branca no copinho: ótima combinação! (Maria Fernanda Barros/CASACOR)

3. Botiquin do Antônio e Bar da Tia 

Bife de fígado acebolado com jiló: se você pedir para qualquer pessoa de Minas Gerais citar as melhores comidas do Mercado Central, esse prato definitivamente vai aparecer nas respostas. Tanto o Botiquin do Antônio quanto o Bar da Tia, que ficam um de frente para o outro, são referências no fígado com jiló. 

Um tour pelo Mercado Central de BH: 8 lugares para conhecer
Tiras de fígado com jiló, na bancada do Botiquin do Antônio. (Maria Fernanda Barros/CASACOR)

A trajetória dos dois botecos no mercado é antiga. O Botiquin do Antônio existe desde 1963 e recebe o título de primeira cervejaria artesanal de Minas Gerais. Já o Bar da Tia nasceu em 1980 e foi o primeiro lugar a servir fígado com jiló no Mercado Central. No corredor que separa os dois estabelecimentos, o que predomina é o clima de boemia acompanhado da boa gastronomia — ou seja, a essência da capital mineira.

Bar da Tia e Botiquin do antonio
Bar da Tia e Botiquin do Antônio. (Mercadinho Bicalho/Divulgação/CASACOR)

4. Café Dois Irmãos

Para aqueles que pretendem chegar cedo no mercado, a dica é começar o seu passeio com um cafézinho. Nesse caso, o Café Dois Irmãos não vai te decepcionar. Nesse lugar — que faz aniversário de 50 anos em 2024 — o café vem bem fresco e ainda pode ser acompanhado da consagrada broa de queijo.

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5. Padaria Du Pain

Até croissant e pães de fermentação natural feitos na hora — e ao vivo — o Mercado Central pode te proporcionar. A responsável por essa experiência é a padaria artesanal Du Pain, que criou um espaço com de inspiração francesa dentro do mercado.

O lugar, porém, mostra que não deixa a mineiridade de lado, com o seu super requisitado bolo de milho – que fica melhor ainda com um café. 

Um tour pelo Mercado Central de BH: 8 lugares para conhecer
(Maria Fernanda Barros/CASACOR)

6. Casa Cheia

O nome realmente não mente: no casa cheia, a casa está sempre cheia. O restaurante é um ponto gastronômico extremamente tradicional da cidade, com um cardápio protagonizado por um dos mais conceituados pratos de feijão tropeiro, além de outros sabores tradicionalíssimos de Minas Gerais. Mas é bom lembrar: quando for conhecer, é importante reservar um tempo do seu tour para a espera na fila. 

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7. Ronaldo Queijos & Cachaças

Queijo é o que não falta no Mercado Central. Ao debruçar o olhar sobre qualquer canto do mercado, já é possível avistar algum empório: um deles é o Ronaldo Queijos & Cachaças. O estabelecimento oferece queijos mineiros de todos os tipos e de diversos lugares de Minas — e ainda com um custo benefício melhor em comparação aos supermercados.

8. Ponto da Empada

Lembram do fígado com jiló? O Ponto da Empada se inspirou nesse prato e oferece algo que se tornou tão tradicional quanto: a empada de jiló acompanhada de carne e bacon. Como na maioria dos estabelecimentos de comida do Mercado Central, lá as empadas são feitas na hora e, inclusive, você consegue ver de perto a sua confecção. 

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(Maria Fernanda Barros/CASACOR)

Além do clássico recheio de jiló, são ofertados muitos outros sabores do salgado. O Ponto da Empada é especial por manter viva uma tradição belo-horizontina existente desde a década de 1920: as empadas. Elas eram a espécie de tira-gosto que acompanhava os acalorados debates de nomes da literatura, como Carlos Drummond de Andrade e Fernando Sabino

O escritor mineiro Pedro Nava, inclusive, reservou parte da sua literatura para descrever as empadas do antigo bar Trianon, localizado no centro de Belo Horizonte: “As mais suntuosas empadinhas que já comi no mundo. Eram pulverulentas apesar de gordurosas, tostadas na tampa, moles do seu recheio farto. Desfaziam-se na boca. Difundiam-se no sangue.”

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