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Conheça 5 casas que viraram museus em São Paulo

As residências que abrigaram Lina Bo Bardi, Ema Klabin, Lasar Segall, Oscar Americano e Gregori Warchavchik foram imortalizadas como museus da capital

Por Maria Fernanda Barros
21 nov 2024, 16h11

Nada mais íntimo do que conhecer a casa de alguém. Principalmente quando se trata de artistas, arquitetos e figuras públicas que já faleceram, mas deixaram marcas de sua trajetória na residência onde viveram.

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Esse é o caso de Lina Bo Bardi, Ema Klabin, Lasar Segall, Oscar Americano e Gregori Warchavchik, personalidades que tiveram a história imortalizada pela transformação de seus lares em museus. A seguir, descubra onde cada um deles está situado na cidade de São Paulo.

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1. Casa de Vidro

A Casa de Vidro, de Lina Bo Bardi.
Escadas da Casa de Vidro, localizada na zona sul de São Paulo. (Nelson Kon/CASACOR)

Foi neste ícone da arquitetura moderna brasileira em que a arquiteta Lina Bo Bardi viveu por mais de 40 anos junto ao seu esposo, o jornalista Pietro Bo Bardi. Inaugurada em 1951, a Casa de Vidro foi o primeiro projeto construído de Lina Bo Bardi, consagrado como sede de encontros de artistas, arquitetos e intelectuais brasileiros.

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Após a morte dos Bardi, a residência da arquiteta foi transformada em um instituto que hospeda o legado histórico de Lina e Pietro. Localizado no bairro do Morumbi, o museu é aberto para o público, com o objetivo de conservar e disseminar a obra do casal.

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2. Casa Museu Ema Klabin

Projetada na década de 1950 por Alfredo Ernesto Becker, a atual Casa Museu Ema Klabin foi construída no Jardim Europa para abrigar as obras reunidas por essa célebre colecionadora brasileira. Em 1997, três anos após o falecimento de Ema Klabin, foi iniciada a catalogação do acervo, que é divulgado no próprio museu e cedido para outras exposições no Brasil e na Europa.

Casa Museu Ema Klabin
Casa Museu Ema Klabin. (Nelson Kon/CASACOR)

A Casa Museu Ema Klabin é sede de mostras, shows, palestras, cursos e oficinas. No momento, está em cartaz a exposição América pré-colombiana: corpo e território, que exibe mais de 90 raras peças arqueológicas de civilizações que habitavam as Américas desde antes da chegada dos europeus.

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3. Museu Lasar Segall

O lugar, que hoje é um museu na Vila Mariana, era desde 1932 o ateliê e a residência do pintor, escultor e gravurista Lasar Segall. Projetada por um dos precursores da arquitetura moderna no Brasil, Gregori Warchavchik, a casa inclui um mobiliário que, em grande parte, foi confeccionado pelo próprio Segall.

O Museu Lasar Segall.
O Museu Lasar Segall. (Marcelo Monzani Netto/CASACOR)

Em 1967, os filhos de Lasar Segall transformaram a histórica residência em museu. O espaço é vinculado ao Ministério da Cultura e não apenas conserva a obra de seu patrono, como também oferece exposições, visitas educativas, cursos e oficinas nas áreas de gravura, cinema e biblioteca especializada nas artes do espetáculo e fotografia.

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4. Fundação Maria Luisa e Oscar Americano

Em 1974, dois anos após o falecimento de Maria Luisa Ferraz Americano, Oscar Americano doou à cidade de São Paulo a casa onde o casal de colecionadores viveu com os filhos durante 20 anos. Além de uma rica coleção de obras de arte, o espaço, projetado pelo arquiteto Oswaldo Arthur Bratke em 1950, possui uma extensa área verde no bairro do Morumbi.

Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, no Morumbi.
Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, no Morumbi. (Fernando Stankuns/CASACOR)

No museu, é possível conhecer desde peças de mobiliário do Brasil Colônia a trabalhos de mestres do século XX, como Victor Brecheret, Lasar Segall, Alberto da Veiga Guignard, Di Cavalcanti e Cândido Portinari. Além disso, há no local uma imensa biodiversidade, com plantas e árvores de vários tipos, do pau-brasil ao pé de café.

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5. Casa Modernista

A Casa Modernista da Rua Santa Cruz é considerada a primeira obra de arquitetura moderna implantada no Brasil. Datada de 1927 e com autoria do arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik, a casa foi projetada para ser a residência do próprio arquiteto, junto a sua esposa Mina Klabin. A construção do espaço, que aconteceu em um contexto da repercussão da Semana de Arte Moderna, gerou rebuliço na opinião pública e sua proposta estética protagonizou publicações de artigos em jornais.

Casa Modernista da Rua Santa Cruz
Ao projetar a casa Modernista da Rua Santa Cruz, Gregori Warchavchik quebrou paradigmas na arquitetura. (Gabi Geraldelli/CASACOR)

Em 1984, a Casa Modernista recebeu tombamento patrimonial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Por mais de 20 anos, até que em 2008, a Prefeitura do Município de São Paulo passou a ser permissionária do imóvel, e hoje o espaço abriga exposições e realiza visitas educativas.

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