Em meio a paisagens desérticas e enormes formações rochosas, a terceira iteração de Desert X AlUla, uma extensa exposição de arte ao ar livre, ganhou vida novamente na cidade saudita de AlUla.
Em cartaz até 23 de março, a mostra, nomeada “Na Presença da Ausência”, conta com instalações de grande escala de 17 artistas contemporâneos de todo o mundo.
Embora apresentem uma série de iniciativas culturais que mesclam arte contemporânea com locais antigos, o cocurador brasileiro do Desert X AlUla, Marcello Dantas, diz que este evento é “diferente” dos outros.
Foi apenas em 2017 que a Royal Commission for AlUla (RCU) foi fundada para mostrar o significado e a beleza de AlUla, que lentamente se tornou mais conhecida internacionalmente.
“Acho que AlUla é um novo nome para a maioria das pessoas. Eles estão descobrindo agora e há muita conversa sobre isso”, diz Dantas ao The Art Newspaper.
“Há um trunfo que as pessoas não percebem, que é a virgindade dessa paisagem na mente das pessoas. Isso não é algo que as pessoas têm em seu vocabulário visual. Esta é uma nova interpretação de um lugar muito antigo com uma história esquecida”, completa.
A edição deste ano marca um capítulo significativo no desenvolvimento cultural da AlUla.
A exposição abre caminho para Wadi AlFann, uma iniciativa inovadora que será lançada em 2026. Este local expansivo se tornará um centro global de arte terrestre monumental e permanente, ultrapassando os limites da expressão artística e engajando o público para as gerações futuras.
Desert X AlUla destaca o poder da arte para desvendar o invisível, promover o diálogo e nos conectar com o espírito único do lugar.