O ano mal começou e a triste notícia de um terremoto no Japão de magnitude 6 tomou as manchetes dos principais jornais do mundo. O tremor em frente à costa do Mar do Japão aconteceu no primeiro dia do ano, e deixou 200 pessoas desaparecidas e 94 mortos.
A tragédia fez com que uma pauta muito importante entre urbanistas e engenheiros voltasse à tona: a necessidade de estruturas sólidas resistentes para trazer mais estabilidade para prédios em momentos como esse.
Apesar do problema enfrentado, o Japão é uma referência na criação de edifícios Anti-Sismos, ou seja, em criar estruturas que conseguem se manter em pé mesmo com os abalos, que minimizam os prejuízos financeiros e protegem as vidas.
Como são as estruturas de edifícios contra terremotos?
Existem diferentes construções voltadas para trazer mais segurança contra abalos sísmicos. Além do Japão, o Chile também investe em técnicas para reforçar prédios com paredes super-resistentes, ricas em ferro e concreto para suportar os tremores.
Em prédios muito altos, as paredes super-resistentes não são as mais indicadas. Nesses casos, o ideal são os amortecedores abaixo da construção, capazes de absorver o impacto e a tremedeira no momento de um terremoto.
Os amortecedores podem ser feitos com diferentes materiais desde borrachas até opções eletrônicas acionadas automaticamente e evitam que o prédio entre em ressonância com o tremor.
Em Taiwan, outro método foi utilizado para um prédio de 508 metros de altura. Trata-se de um pêndulo de 660 toneladas que fica posicionado entre o 87º e o 92º andar. O equipamento é controlado eletronicamente para compensar as oscilações causadas pelos tremores, movendo-se no sentido oposto ao do terremoto.
Desafios
Os custos para construir toda a infraestrutura de prédios resistentes a terremotos estão entre os principais desafios. Apesar do alto investimento, no longo prazo, o valor se paga – isso sem falar no potencial de salvar vidas.
Em 2015, um terremoto de magnitude 9 e um tsunami foi responsável por uma destruição que representou uma perda de mais de R$ 300 bi e 25 mil pessoas desaparecidas ou mortas.
Com a adoção dos métodos anti-sismos e investimento em novas tecnologias (em que o Japão é um dos líderes em investimentos na área mundialmente), há maior esperança de preservar vidas e a infraestrutura das cidades.
* Com informação de Facci Engenharia