Por dentro do Studio Guilherme Torres em São Paulo
Emblema da fase de renovação do escritório, construção é marcada por uma estrutura vazada feita com 25 mil tijolos
“A arquitetura começa quando você une dois tijolos com cuidado”. A frase do célebre arquiteto Mies van der Rohe representa a fagulha criativa da concepção do Studio Guilherme Torres. A edificação – sem muros – acolhe o visitante em uma esquina do bairro de Pinheiros, em São Paulo. E ela utiliza bem mais que um par de tijolos na construção.
Ao todo, 25 mil unidades compõem o mosaico na fachada. A estrutura vazada, a meio caminho entre a arte e o artesanato, é uma característica relevante da arquitetura de Guilherme Torres. Neste projeto, além de escultural, o recurso garante luz natural nos ambientes durante todo o dia.
O escritório paulistano de Torres – que também possui uma sede em Londrina (PR) desde 2001 – foi projetado em dois pavimentos. Seus 140 m² são inspirados na nova vocação multidisciplinar da empresa.
Um bom exemplo é o espaço reservado a uma galeria para exposições de arte no térreo, que também traz uma sala de reunião. Ela pode ou não se integrar ao ambiente, dependendo dos painéis pivotantes em madeira.
A proposta é ir além da arquitetura e do design, que consagraram o escritório, e abrir possibilidades para novas criações e projetos.
Aliás, é no pavimento superior onde a equipe foca na criação e trabalha nos projetos. Algumas paredes foram revestidas com mármore, que fazem contraste com o piso em madeira.
Junto com Guilherme Torres, o Studio é formado pelos arquitetos Rafael Miliari e Enrico Beer Boimond. É administrado por Debora Atsuko, especialista da indústria de luxo.