Casa Thompsons Hess foi restaurada a partir de peças do projeto original
A casa, premiada no Salão Paulista de Arte Moderna de 1960, recebeu uma restauração de Felipe Hess que preservou seus aspectos modernos
Desenhada pelo arquiteto Rodolpho Ortenblad em 1957 para sua família, a Casa Thompson Hess, de 400m², foi restaurada partindo da recuperação dos elementos que caracterizam o projeto original e algumas alterações na planta. O projeto leva assinatura de Felipe Hess.
O bloco térreo frontal, onde se encontrava uma extensa porção de serviço e se abria para um pátio central de mesmo caráter, passou a abrigar a garagem e uma sala aberta para a área externa. Agora, esta possui um jardim e também se conecta à sala de TV, no bloco principal, através de novas portas de madeira e vidro que reproduzem a moldura original.
O painel do hall social foi restaurado e uma porta tipo “camarão” foi incorporada, utilizando a madeira preexistente, para conectar a sala de TV aos demais ambientes. O living contempla dois ambientes de estar, a sala de jantar, uma nova lareira e uma conexão ao atual escritório, antiga sala íntima, que se abre para o jardim dos fundos.
A pérgola com banco, importante elemento arquitetônico da casa e muito característico dos projetos de Rodolpho Ortenblad, havia sido retirada e graças às fotos antigas foi possível ser refeita, exatamente como o projeto original.
Boa parte dos materiais originais da casa foram encontrados descaracterizados; o fulget da fechada e pilares, forros e painéis em madeira e caixilhos em branco foram restaurados.
O piso de pedra também foi recuperado e um novo piso de madeira foi sugerido para área do térreo e superiores. Novos tijolos pintados de branco foram incorporados a alguns trechos da fachada onde havia uma litocerâmica bege que estava deteriorando. Cozinha, lavanderia e banheiros foram totalmente refeitos, mas os materiais e cores utilizados remetem à paleta original da casa, como calcário bege e madeira.
A casa, que foi premiada no Salão Paulista de Arte Moderna dos anos 1960 e publicada no livro “Residências em São Paulo 1947-1975” de Marlene Acayaba, após a reforma, ainda mantém suas características modernas, mas adaptada às demandas de uma família contemporânea.
Via ArchDaily