Casa Dr. Oswaldo Cabral, no centro de Florianópolis, foi a sede da CASACOR Santa Catarina. O imóvel foi construído entre as décadas de 1940 e 1950, em estilo neo colonial espanhol, que revela a riqueza cultural do acervo de Cabral. Foi tombado desde 1988 pelo Patrimônio Histórico Municipal, onde foi o último endereço do médico e historiador, que ficou conhecido pelo fascínio em pesquisar a cultura de Santa Catarina. (Divulgação/CASACOR)
Além de promover a melhor experiência de arquitetura e de design para os visitantes, prezar pelo meio ambiente e ter como busca constante o selo de evento 100% sustentável, a CASACOR tem como missão também preservar e resgatar a cultura, a arquitetura e a história através da recuperação e restauração de diversos patrimônios históricos da América.
No ano de 2016, a mostra passou por 16 cidades do Brasil e por duas latinas. E entre elas, vários palacetes, mansões e casas foram revitalizadas, reformadas e ficaram de herança para a população e a cidade.
1/13 Em Goiás, as franqueadas Eliane Martins e Sheila Podestá escolheram um imóvel que faz parte da história de Goiânia. O antigo prédio da Central de Medicamentos de Alto Custo (CMAC) Juarez Barbosa, localizado na Rua 30 com Avenida Tocantins foi palco dos 36 ambientes que compunham a mostra. Os 3 mil m² valorizaram a arquitetura e os elementos originais, que incluíam paredes de tijolos, pé-direito alto e outros detalhes que foram desvendados ao longo da reforma. O prédio é um dos únicos na região que não segue o típico estilo art déco da época. Além de atualizar a estética, as transformações enfatizaram o conceito de sustentabilidade, com soluções que vão desde o uso de LEDs na iluminação até a substituição de ar condicionado por ventiladores ou tetos verdes, geração de energia solar e torneiras inteligentes. Ainda durante a mostra, o governador Marconi Perillo declarou que a construção se tornaria a Casa do Turismo, destinada ao trade turístico local e à prestação de serviços aos turistas que visitam a capital. Pela proposta da Goiás Turismo, no local deverão funcionar o Instituto de Pesquisa Turística (Iptur), Centro de Atendimento ao Turista, biblioteca do turismo, salas de pesquisa, lanchonete, terminais bancários e entidades ligadas ao setor. Além disso, a Casa terá o Memorial do Turismo, sobre a história do turismo goiano; a Casa do Artesão, com espaço para exposições; o Vapt Vupt do Turismo e um auditório. (Divulgação/CASACOR) 2/13 Para a CASACOR São Paulo, o ano de 2016 foi muito especial, pois a mostra ocorreu no espaço que sediou a 1ª edição do evento no Jockey Club de São Paulo, o Ambulatório. A arquitetura original do Jockey Club, incluindo a do prédio do Ambulatório, foi desenhada pelo arquiteto carioca Elisário da Cunha Bahiana. No período entre 1946 a 1958, o Ambulatório e todo o complexo passaram por uma grande reforma liderada pelo arquiteto francês Henry Sajous. As instalações foram ampliadas e repaginadas com linhas mais clássicas. O Ambulatório foi composto por 70 ambientes, internos e externos e foi preparado para a mostra pelo arquiteto da CASACOR, Darlan Firmato, e o restaurador Luis Magnani. O restauro teve acompanhamento dos órgãos de preservação histórica de São Paulo, CONPRESP, e as devidas autorizações. O prédio será entregue revitalizado até o final deste ano para ficar como herança para a cidade. (Rafael Renzo) 3/13 Além do Ambulatório, uma outra área do Jockey foi restaurada, o Restaurante. Ele mantinha o estilo estrutural de todos os outros prédios do clube: uma arquitetura com as primeiras linhas do racionalismo, rústica e simples. E pensando nesse conceito, que Bárbara Jalles, profissional responsável pelo projeto, se inspirou para criar o espaço e seu restauro, além de manter as características originais e a história do local. “Eu digo que o simples é sempre bacana. Busquei referências em espaços que têm uma simplicidade em matéria, linhas e design que traz muita história e requinte”, explica. Para isso, a arquiteta manteve a estrutura geral da casa, que possui 225 m², além do telhado, que foi reformado, e a estrutura em marcenaria. As grandes mudanças estão na maximização do espaço de circulação, que segundo a profissional “não era bem resolvido, com problemas em relação à ventilação e à circulação aos banheiros”. (Divulgação) 4/13 A CASACOR Paraná ocorreu nos 6.000 m² do prédio histórico da Editora Grupo Paulo Pimentel, um imóvel inaugurado em 1974, construído para abrigar os trabalhadores e todas as etapas do então novo processo de impressão offset. “Firme no compromisso de valorizar o patrimônio histórico e emblemático de Curitiba, e na contramão da crise, a mostra se apresentou arrojada nesta sede histórica”, afirmou a diretora de CASACOR Paraná, Marina Nessi. O prédio abrigou 46 ambientes e teve restaurado pisos, forros e outros itens. (Divulgação/CASACOR) 5/13 O Petrópole Tênis Clube recebeu a CASACOR Rio Grande do Sul e apresentou 44 ambientes. Os projetos, divididos em 3.600 m², revitalizam a construção de 1940. “O clube entra em um novo momento. Para adaptar os ambientes, uma grande reforma trocou parte do telhado, além das instalações elétricas e hidráulicas. Pintura e pisos foram renovados e a entrada da sede também ganhou restauração”, explicou o franqueado Valdecir Santos.
O sucesso da mostra no prédio histórico foi tanto, que em 2017 a CASACOR Rio Grande do Sul ocorrerá novamente nas dependências do Clube. “Além de promover o melhor em arquitetura, decoração e paisagismo, esta é mais uma etapa do processo de revitalização do prédio sede do clube, que já entregou áreas como calçada e jardins no entorno, entre tantas outras estruturais no local”, ressalta Valdecir. (Divulgação) 6/13 Para os profissionais da CASACOR Mato Grosso do Sul 2016, o restauro da casa sede foi inspiração para criação de seus projetos na mostra. O evento ocorreu em uma tradicional residência com uma linha modernista, projetada na década de 80 pelo renomado arquiteto Rubens Gil de Camillo (1934-2000). Ele se preocupava em criar uma linguagem arquitetônica característica do estado, adequado ao modo de vida da população e dos aspectos físicos e bioclimático. O imóvel tem 1,8 mil m² de área construída em um terreno de 2 mil m². A casa tem uma ótima localização, um projeto audacioso com concretos aparentes que estimulou a criatividade do time de profissionais da mostra. A proprietária, Isolina Dibo permitiu todo o restauro e ficou feliz com o resultado. “Rubens Gil de Camillo se empenhou muito para fazer a casa, nós debatemos bastante sobre o perfil da construção, pois era um projeto muito caro e ousado para a época, mas ele nos convenceu e depois ficamos muito felizes com o resultado”, contou. (Divulgação/CASACOR) 7/13 A CASACOR Minas Gerais ocorreu no Conjunto Arquitetônico da Pampulha, recentemente consagrado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Mas o grande feito da mostra foi a revitalização do restaurante do MAP, que estava fechado há muitos anos, aproximadamente, 30. O Café e Bistrô do MAP foi totalmente redecorado com o glamour dos anos 1940. Ele estava instalado em um ambiente com vista para a lagoa, trazendo de volta a atmosfera dos seus primordiais momentos. (Divulgação) 8/13 Um casarão do século XIX, situado na Avenida Rui Barbosa, 471, no Bairro das Graças foi o local escolhido para sediar a CASACOR Pernambuco 2016. A casa é tombada pelo Estado e possui pisos em ladrilho originais, vitrais e uma história, tradição e luxo. O imóvel já recebeu Luis Carlos Prestes e Getúlio Vargas em seus tempos áureos. A arquitetura original do casarão permitiu desenhar vários espaços de integração com a paisagem, nas bordas da construção original do século 19. Graças as grandes metragens, a arquitetura da época permitia que um mesmo imóvel tivesse muitas varandas como uma área de descanso e elas foram bem aproveitadas pelos profissionais que fizeram seus projetos nelas. (Gleyson Ramos) 9/13 A CASACOR Rio ocupou a Casa Rosa, uma construção de 1938 em estilo eclético, com terreno de 5.000 m² e 1.000 m² de área construída, pertencente à família Rocha Miranda, que durante quase 40 anos viveu ali recebendo amigos em grandes comemorações. Embora tradicionalíssima, a casa serviu de base para projetos que expressam o atual estilo de morar do carioca, com soluções na medida para a vida real – preocupações como espaços reduzidos, sustentabilidade e praticidade estão na ordem do dia. Para revitalizar a residência, a marca de tintas Coral, parceira oficial da mostra, criou uma cor exclusiva para o evento. Para preparar a tonalidade especial, batizada de “Rosa da Casa”, a marca considerou a tradição e a identidade do casarão e adicionou um toque de modernidade. O resultado foi um tom rosado que contrasta com o verde do jardim. (André Nazareth) 10/13 A histórica e emblemática Casa Dr. Oswaldo Cabral, no centro de Florianópolis, foi a sede da CASACOR Santa Catarina. O imóvel foi construído entre as décadas de 1940 e 1950, em estilo neo colonial espanhol, que revela a riqueza cultural do acervo de Cabral. Foi tombado desde 1988 pelo Patrimônio Histórico Municipal, onde foi o último endereço do médico e historiador, que ficou conhecido pelo fascínio em pesquisar a cultura de Santa Catarina. “O local do evento demonstra nosso compromisso de valorização do patrimônio histórico. Mais uma vez queremos colaborar com a repaginação desse palco especial para a expressão da criatividade e o talento dos profissionais de Santa Catarina”, declarou Marina sobre o projeto de repaginação e Retrofitz. Colunas retorcidas, gradis com formas em espiral, forros em vários níveis e com desenhos de estrelas, portas de 2 m de altura, pisos de tábuas corridas e caprichosas bandeiras de vidro, que oferecem a luminosidade necessária para a casa, foram algumas inspirações originais para os profissionais criarem seus projetos. (Divulgação/CASACOR) 11/13 O Palacete do Barão de Camocim, localizado em frente a praça Clóvis Beviláqua, foi a sede da CASACOR Ceará. Um prédio luxuoso e histórico, que apresenta uma arquitetura única e retrata uma época importante da história cearense e brasileira. O imóvel foi construído em 1880 e tombado pela Prefeitura de Fortaleza, desde 2007. Portanto, a direção da mostra se comprometeu com a Prefeitura entregar o imóvel em condições favoráveis de uso para abrigar a nova programação cultural do Vila das Artes. A praça Clóvis Beviláqua, localizada em frente ao palacete, também foi revitalizada para abrigar eventos interessantes para o público da mostra. (Divulgação/CASACOR) 12/13 Fora do Brasil, os diretores das franquias latinas também mantiveram o compromisso com o resgate da arquitetura e história de construções importantes das regiões. A CASACOR Bolívia ocorreu pela segunda vez no Colégio Santa Ana: uma construção cheia de história e rica em arquitetura. Só que dessa vez, foram restauradas a parte central e a capela do local. Além disso, uma das apostas foi recuperar a memória fotográfica do Colégio, que formou gerações de mulheres bolivianas, e apresenta-la aos visitantes. A capela de 148 m² serviu como um salão de exposições temporárias. Nas obras de restauro, foram encontradas construções subterrâneas, semelhantes a de Tarija e Sucre, cidades onde existem redes de túneis. (Divulgação) 13/13 A Casa Mujica e a Casa Paz Soldán, no centro da capital Lima, foram as sedes escolhidas para a CASACOR Peru. A primeira foi construída no início do século 20; a segunda, a poucos metros, é ainda mais antiga e data do século 15, na época da colonização espanhola. Pátios, saguões, cozinhas privadas e outras estruturas revelam antigas formas de morar. Elas ganharam nova versão com materiais, cores e design que visitam várias épocas, desde o neoclássico aristocrático francês até o minimalismo e o industrial, incluindo as charmosas décadas de 1950 e 1960 neste percurso. (Divulgação)